quinta-feira, julho 29, 2010

O Mestre Vampiro - Parte I




Gabrielle observava a rua, apoiada sobre a laje de uma casa. As pessoas passavam lá embaixo indiferentes, vivendo a suas vidas corridas...
- Vivendo... - Gabrielle se reprimiu, aprendeu que não deveria pensar desta maneira. Respeitava os humanos. Aprendeu que deveria ser assim. Afinal é o sangue doado por eles que garate a sobrevivencia deles. Deles... Claro que ela se refere aos Vampiros.
Especialmente, ela e seu mestre.
Riu sozinha, e lembrou-se dos primeiros dias renascida como Vampira, era calmo, paciente, tentava faze-la compreender que ela agora era um ser da noite. Alguém que deveria retirar vida para obter a propria. Mas ela não compreendia, insistia em dizer-lhe que nunca tomaria sangue. Mas é claro que aquilo foi um brefe. Com o tempo a fome foi aumentando e ela foi obrigada a tirar uma vida.
Nossa... Isso fazia tanto tempo... Henrick a tornou Vampira com apenas dezoito anos, estava abandonada. Sozinha, a familia assassinada. Estava a ponto de acabar com a propria vida, quando ele surgiu. Macabro, reluzente, por trás da nevoa. Sorriu para ela e disse que alguém tão bela não deveria tirar a propria vida e sim começar uma. Mesmo sendo uma vida almadiçoada.
Lembrou-se que este ano fazia 100 anos de idade e sorriu levemente, arqueando os labios. Conhecia Henrick a tanto tempo...Não parecia, a cada dia descobria algo novo a respeito dele. Atitudes, gestos...
- Pensando no passado? - ouviu a voz forte e grave de seu mestre em algum lugar na sua cabeça.
- Sim... - disse mentalmente, sabendo que ele ouviria. Repetinamente viu a botas negras do Mestre ao seu lado, e o viu agarchasse junto a ela.
- Diga-me, Gabrielle, algo que nunca lhe perguntei nesses cem anos... Se pudesse voltar ao passado, preferia ter morrido?
Aquela pergunta soou estranho, Henrick nunca demonstrou incertezas sobre seu passado, sempre era decidido, aquele tipo duvida parecia estar com ele a muito tempo, mas talvez, ele não tivesse coragem de perguntar.
- Por que não lê minha mente e tenta descobrir? - questionou virando-se para ele.
- Eu já tentei, mas só enxergo duvidas... - Disse em com os olhos fixos em algum ponto da rua.
Gabrielle baixou a cabeça e fitou a rua calada por alguns minutos, o vento batia em seus cabelos ondulados fazendo-os flutuarem no ar. Na verdade, nem ela sabia a resposta para aquela pergunta.
Mostrando-se cansado, Henrick levantou-se, Gabrielle o observou com o olhar. Ele era tão alto, apresentava um metro e noventa, tinha uma bela postura, Traços fortes, labios finos, cabelos lisos e negros longos, olhos verdes. Ela se sentia pequenina perto dele, mesmo depois do cem anos de treinamento, ela se sentia uma garotinha. Tremeu quando ele se virou, e seus olhos se encontraram.
- Vamos, Gabrielle. A manhã logo surgirá.
Levantou-se devagar e seguiu com ele até em casa.


2 comentários:

  1. [red][b]é roberta é um conto bem interessante prende nossa atenção quando começamos a ler não queremos + parar.particularmente eu adorei e com certeza varei ofinal desse mestre vampiro beijim e mordidinha no pescoçinho!

    ResponderExcluir