sexta-feira, julho 30, 2010

O Mestre Vampiro - Parte VII - Final



Henrick estreitou os olhos, curioso, aquela que estava ali era realmente a Gabrielle? Jamais imaginaria que ela fosse...Tão... Ardente. Rangeu os dentes, fazendo força com o pulso para se soltar da cabeçeira da cama, mas nem adiantaria, ela realmente o havia prendido, decidiu relaxar, acomodando-se na cama e abrindo um pouco as pernas, enquanto ela delicadamente pegava-lhe a outra mão e algemava do outro lado da cabeçeira. Observou-a com puro tesão no olhar, por mais que a desejasse, jamais imaginaria que a conseguiria... Não a sua menina, doce garota que ele tentava proteger de tudo e de todos. Riu, abaixando a face e observando-se com a excitação já extremamente visivel pela calça jeans escura. A queria, seu corpo precisava daquilo, precisava dela...
Gabrielle sorriu meiga, aproximando-se do mestre e dando-lhe um beijo delicado nos lábios. Queria provar o gosto dele, sentir o quanto ele a queria e para a surpresa dela, ele lhe enfiou a lingua entre os lábios, inclinando-se pra frente e tomando a boca dela com fervor. Quase caiu pra trás com tamanha surpresa, mas apenas de desequilibrou e colocou a mão atrás de si, na coxa dele, fazendo-o soltar um gemido pela boca. Aquilo a fez perder completamente a razão, mal sabia a quanto tempo o desejava... O quanto queria ele com ela, junto a ela. Montou em cima dele rapidamente, sentindo-lhe a ereção e gemendo baixo, fazendo-o a olhar admirado. Levou as mãos a camisola, livrando-se dela, e jogando-a num canto qualquer do quarto, ele fez força com os pulsos, tentando se soltar da cama, estava evidente que queria lhe tocar os seios, mas não... Ela não permitiria, não agora.
- Não demora minha ninfa... Eu te quero...
A Vampira tremeu,havia realmente escutado tais palavras dos lábios dele? Acalmou-se, mordendo o lábio inferior e se acomodando sobre ele, sentiu-se imediatamente mais quente, e fechou os olhos excitada, levando as mãos ao torax dele, arranhando-o felinamente, ele tinha razão... Não poderia esperar mais, nem ele... E nem ela.
A madrugada estava no alto de seu esplendor, no silêncio da noite eterna, Gabrielle estava agarrada a Henrick, com os olhos fixos na lua, as mãos dele, agora livres, acariciavam-lhe as costas com delicadeza. Ela se sentia nas nuvens, altamente anestesiada pelos inumeros orgasmos que teve com Henrick e com aquela tola sensação de que tudo seria eterno em seus braços. Ambos em perpetuo silêncio, como se tivessem com medo de falarem algo que estragasse aquele momento, ela se remexeu na cama, levando a mão ao torax dele, acariciando-lhe também. Até que perguntou, calma:
- O que sente por mim?
Ele se sentiu visivelmente desconfortavel, entortou os lábios por um minuto e se manteve em silêncio, não saberia o que dizer a ela, pois ele mesmo jamais teve certeza do que sentia por ela. Ouviu-a rir, tristemente.
- É. Você não sabe.
- Não conseguiria mentir pra você, Gabrielle.
- Então... Porque transou comigo? – A voz dela saiu fraca, como se estivesse a ponto de chorar.
- Porque... Eu Te desejava. – Condenou-se por ter dito isso, era verdade, obvio, mas não toda a verdade.
- Apenas me desejava então... Assim como deseja suas prostitutas. – A vampira se afastou, empurrando-lhe o corpo de leve.
- Não! – Henrick lhe agarrou o pulso, impendindo-a de se afastar mais, ele não iria suportar. – O que eu sinto por você... Droga Gabrielle, como posso descrever algo que jamais senti por outra femea?
Ela se manteve em silêncio, com os olhos verdes fixos nos dele, e suspirou baixo, Aproximou-se dele,envolvendo-lhe o rosto com ambas mãos e o beijou profundamente, e sussurrou, anestesiada pelo cheiro dele.
- Sabe... Naquele dia, há cem anos atrás. Eu não desejava ter morrido, não mais... Eu... Queria viver... Porque eu o vi, e desde da primeira vez que o vi, sabia que eu jamais deveria deixa-lo. Sabia que nasci para ser sua.
Ele riu, um tanto emocionado, abraçando-a com força, ambas testas estavam unidas, ela chorava slenciosamente. Ele afundou as mãos nos delicados cabelos dela, e abriu os lábios, proferrindo, baixo:
- Você sempre foi minha, Gabrielle


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