sexta-feira, julho 30, 2010

O Mestre Vampiro - Parte III

 Os olhos de Gabrielle fitavam a escuridão a sua frente, a noite estava bela... Fazia muito tempo que não via uma lua tão grande, prata e iluminada. Estava perdida em seus próprios devaneios, mas após um tempo de reflexão, chegara a conclusão que ela estava misturando os sentimentos e que ela realmente não deveria estar apaixonada pelo seu mestre vampiro.
“Que loucura” – pensou e riu sozinha, passando levemente a mão direita sobre os cachos bem feitos, um vento mais frio bateu em seu corpo, quase a fazendo desistir de apreciar a lua e fechar a janela. Contudo, decidiu ficar lá mais um pouco. Usava uma bela camisola de seda negra, simples, mas que caia muito bem em seu corpo.
Distraída, mal notou as horas passar, só percebeu o quanto era tarde quando ouviu um galo cantar, ela fitou o relógio ao lado de sua cama, faltava menos de quinze minutos pro sol nascer, era melhor se recolher. Antes de se deitar, porém, foi sorrateiramente ao quarto de Henrick, abriu a porta com o máximo de delicadeza possível, andou nas pontas dos pés até a cama, e suspirou, ele não havia voltado. Provavelmente passaria a noite fora novamente. Mordeu o lábio inferior de pura raiva.
Voltou ao seu quarto, fechou a janela e cobriu tudo com uma cortina preta e bem pesada, que impedia qualquer fecho de luz de adentrar no ambiente, não que ela “queimasse” na luz do sol, apenas fazia muito mal a ela a exposição, a deixava fraca e a incomodava.
Levantou o edredom e subiu em cima da cama se cobrindo, fechou os olhos, procurando dormir, mas demorou muito até que isso acontecesse, não conseguia parar de pensar em Henrick, odiava demais quando seu mestre fazia isso, deixava-a muitíssimo preocupada.  “Deve estar com alguma prostituta...” foi à última coisa que pensou antes de pegar no sono.
Acordou ainda um tanto sonolenta, ouviu risadas no andar de baixo, pegou o relógio e observou atentamente, já era quase sete da noite, suspirou, normalmente acordava antes das seis, realmente estava cansada. Ouviu novamente as risadas no andar de baixo, Henrick voltara e não estava sozinho.

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