As notas tocavam docemente no ambiente, Erik se manteve se olhos fechados, e o rosto de Melissa surgia de dentro de uma nevoa densa, ela parecia preocupada, e... triste. Esticou a mão em vão, estava fraco, toca-la era tudo o que queria, mas seu corpo não o obedecia, sentia como se tivesse apanhado umas cem vezes. A caixinha de musica continuava a tocar, porém, nota a nota os sons foram ficando mais lentos e Erik se sentiu confuso, tentou arrastar o corpo, mas não conseguia, Melissa agora chorava sangue.
Assustado, abriu os olhos e se levantou do chão duro que o abrigava todas as noites. Por que Melissa chorava? Será que sofria? Precisava dele. Com relutancia se ergeu, e mais uma vez, implorou a escuridão que o retirasse dali.
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2 meses depois.
O sol forte lhe bateu no rosto e Melissa fez uma careta. Ainda era de dia, e o sol não a afetava, claro, era virgem. E vampiros imaculados podiam andar ao sol, esticou a mão pálida para a luz amarela da janela, uma quentura familiar lhe tocou a pele, como o aconchego de uma mãe. Não que soubesse exatamente o que isso queria dizer, sua mãe nunca havia sido muito maternal. Alias, sua mãe não estava falando com ela, nada, nem uma palavra. O rei não havia aparecido desde... Aquele incidente, e a mãe, é claro, acredita que ela o tenha desagrado. O que não era em um todo, uma mentira.
Não havia conseguido dormir, provavelmente estava com a aparência péssima, dormir e tomar sangue é a base de sobrevivência de qualquer vampiro, e agora, já era de dia. Porém, não desejava sair, queria apenas se manter deitada, com a luz do sol lhe tocando a mão, a fazendo pensar em Erik, e no carinho dele. Se virou de lado, se afastando do raio solar, e tocou a parede fria, aquele contraste de temperatura a fez se arrepiar, e imediatamente se lembrou de Victor. Provavelmente ele havia desistido do casamento, ela lhe deu um tapa, não é qualquer homem, ainda mais um do tipo de Victor que aceitaria isso de uma mulher, mas o que a fazia perder o sono dia após dia é o fato dele tê-la beijado em seguida, se houvesse ficado ofendido com o tapa partiria a seguir, não lhe daria um beijo.
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"O conselho, um bando de velhos vampiros que não souberam morrer" - Victor riu sozinho, lembrando das sábias palavras do falecido pai, ali, na frente do conselho, os observando, era impossivel não pensar que seu pai tinha razão. Havia, em média doze vampiros do conselho, normalmente são os vampiros mais velhos da raça, ( e ricos). O olhar deles é vago, praticamente brancos, a maioria deles era cego, e a face enrrugada apenas fazia Victor desejar do fundo do coração morrer em batalha e nunca ter que se ver naquele estado. Mas eram os que o ajudavam a comandar o reino, sempre fora assim, e pra sempre haveria de ser, não seria ele a mudar as tradições de seu pai, nunca. O do meio, era o principal, lider do conselho e o mais perigoso na opinião de Victor, Charles tinha ideias malignas e sabia passa-las como uma peste negra entre os velhos do conselho. Ele tinha cabelos brancos, expessos, uma cara repleta de rugas aparentes e fundas, seus cabelos, longos, formavam um estranho coque, que fez Victor lembrar Drácula, no filme Drácula de Bram Stoker. Formavam uma mesa em forma de meia lua, a frente de Victor, os cercando de uma maneira ameaçadora, até mesmo para o rei. Como já imaginava, Charles, que estava no centro na mesa foi o primeiro a falar:
- Majestade, nós, do conselho em reunião ontem, chegamos a conclusão que a senhorita...- fez uma pausa no qual pegou uma folha e com extrema dificuldade começou a ler.
- Melissa. - Interrompeu Victor.
Charles levantou o olhos, e se fixou em Victor, visualmente desconfiado continuou:
- Sim, senhorita Melissa. Ela não foi de vosso agrado, majestade?
- Oh, sim, foi. - Victor sorriu se lembrando do belo corpo de Melissa.
- Então, porque vossa majestade deixou de visitar a familia dela? Devemos lhe lembrar que és o rei, e que deveras ter um herdeiro digno do reino em breve...
- Tá, Tá. Eu sei! - ergueu as mãos, pedindo para o conselho parar, já bastava a pressão de cuidar de um reino, agora ainda tinha que ter um filho.
- Se sabes, porque não se casas com a garota? Pelo que soubemos, ela é fertil e pode lhe dar bons filhos.
- Porque acho que ela merece alguém melhor. - Victor quase se engasgou com as próprias palavras, tá bem, era verdade, mas desde quando devia ter dito aquilo em voz alta?
O conselho ficou quieto, chocados, com certeza.
- Quero dizer, eu acho que a garota não quer se casar. - Porra! Agora tinha que tentar sair por cima. Um rei apaixonado não era mesmo o que o conselho queria, e com o poder que aqueles malditos velhos tinham, eram capazes de fazer uma rebelião em todo reino.
- Ela não tem que querer, vá até lá esta noite, e avise que o casamento será essa semana.
Victor não disse mais nada antes de se teletransportar pra residência de Melissa.
To adorando. Esta ficando uma Ótima Hitória^.^
ResponderExcluirTa da hora essa historia mas daria para ir mais rapido com o resto da historia que ta de matar essa curiosidade
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