- Você esta... Lindo, Erik. – a mulher sorriu surgindo por detrás do enorme espelho do banheiro, caixas de tintas estavam jogadas no chão, enquanto Erik observava seu reflexo mudado pelo espelho. – Você fica bem com cabelos castanhos, destacam seus belos olhos castanhos. – A figura prosseguiu, admirada.
- Só... Me lembra porque fiz isso. – Erik sussurrou observando a mudança radical que fizera, de loiro... Para moreno.
- Porque você não quer que a Melissa te reconheça assim que te ver né? Não quer que ela grite: “Erik, meu amor!” no meio de um salão com mais de duzentos seguranças e principalmente, o rei.
- Não me importo com o Rei, já faz mais de um mês que estamos nessa enrolação, me prometeu que eu iria proteger Melissa das mãos desse canalha, mas você só sabe me impedir. Além disso, em um mês, só Deus sabe o que ele pode ter feito com a minha doce Melissa.
- Melissa ainda é virgem, Erik.
Erik sentiu o ar faltar, meu Deus, Melissa ainda era pura, não havia novidade melhor do que aquela, significava que ela ainda estava esperando o homem certo, que talvez... Ainda estivesse esperando pra ser dele.
- Quando vou vê-la? Preciso vê-la, preciso ficar com ela. - Erik saiu do banheiro passando a mão nos cabelos, estava afobado, ansioso como nunca esteve antes. Pra variar, a figura feminina apenas o seguiu.
- Em breve, querido. Muito em breve, final de semana é uma data importante para nós, vampiros, e como de costume, haverá um baile de mascaras, existe situação melhor para encontra-la?
Dito isso, a figura esbelta esticou a mão em direção a Erik, ali estava uma mascara negra, simples e de bom corte.
- Só vai depender de você. – Finalizou.
Victor entrou na ala hospitalar da mansão, como vampiro, e como rei, precisava ter um pequeno hospital dentro de casa, apesar do fato dos vampiros se regenerasse rápido, nenhum vampiro consegue refazer um braço arrancado ou algo assim, e nenhum vampiro ia conter as presas no meio da dor de certos ferimentos só por estar em um hospital humano, resolveu isso com uma ala hospitalar própria, com médicos vampiros que conheciam a anatomia e as anomalias da espécie. Encontrou uma senhora, de aparência de cerca de cinquentas anos na porta, embora obviamente tivesse bem mais, era uma doutora, estava com uma prancheta na mão e começou a andar com Victor assim que o mesmo entrou e era guiado pelo cheiro de sangue de Melissa.
- Majestade, ela esta... Em uma situação preocupante, quando a encontramos ela já sangrava demais, há um corte profundo na cabeça, fizemos uma pequena cirurgia para estancar o sangue, mas não esta adiantando como esperado, ela perdeu sangue demais. E pra piorar, o sistema imunológico dela esta negando todos as bolsas de sangue que estamos tentando injetar, não dá pra entender, isso é uma anomalia que eu, como doutora, jamais vi.
- E o meu? – Victor questionou puxando as cortinas e vendo Melissa deitada na maca, nua, com um lençol cobrindo seu corpo e muitos panos manchados de sangue do lado direito, estava moribunda, se não fosse vampira, qualquer uma a julgaria já como morta.
- Majestade? – A doutora parou do lado de Melissa, observando puxando uma cadeira e sentar ao lado dela.
- E o meu sangue? – questionou frio, enquanto tocava o rosto de Melissa com melancolia.
- Eu não sei, senhor... Você é o rei, deve ter o sangue mais puro dentre todos que possuímos aqui, mas... – Ela fez uma pausa, se inclinando sobre o rei, e sussurrando o mais baixo que podia - Majestade, a rainha ainda é virgem, não é?
Victor apenas fixou o olhar nos olhos verdes cristalinos da doutora e voltou a fitar Melissa. Ela assentiu, compreendendo o que aquele olhar significava.
- Majestade... – Ela prosseguiu, ainda sussurrando – Precisa compreender que Melissa não vai precisar de vinte porcento do seu sangue como em um ato sexual casual entre vampiros, ela vai precisar de muito sangue, muito mesmo, o senhor pode até morrer, e como rei, é melhor não arriscar sua vida por nenhuma mulher, você é muito mais precioso para nós como nosso líder, e lembre-se, você não tem herdeiros.
Victor não respondeu, continuou encarando Melissa, após alguns minutos, sentiu a mão da doutora em seu ombro e a ouviu dizer:
- Mas poderá se arrepender eternamente se perde-la, ela parece... Ser muito importante pro senhor. Temos poucas opções, mas podemos tentar a transfusão de sangue novamente com outros doadores, ou, simplesmente, aceitar o destino dela, ela tem poucas horas. Vou deixa-lo em paz alguns minutos, faça o que achar necessário e qualquer coisa, me chame, estarei na recepção. – Com isso se afastou.
Victor não soube exatamente precisar o tempo que ficou ali, parado, fixando o olhar em Melissa, lembrando-se da cor esverdeadas dos olhos dela, do sorriso, a boca pequena e carnuda, que porra era aquela que ele sentia desde que a vira? Que feitiço aquela menina-mulher lançou sobre ele? Ela era nova demais, vinte e um anos e uma vida inteira pela frente, uma vida que ela foi condenada a viver com ele. A desejava insanamente, não iria negar que tentara transar com outras nesse primeiro mês de casamento, mas... Não conseguia, nem quando imaginava que era ela na cama com ele. A doutora tinha razão, ele era o rei, era importante demais pra simplesmente morrer, mas ali, Victor sentiu, que Melissa era mais importante do que tudo que tinha e construído desde que vivera. Não podia perde-la, jamais conheceria outra como ela.
- Nem se eu vivesse mais mil anos, Melissa. – cortou o lábio com as presas, esperando o sangue escorrer pela boca e a beijou profundamente.
PS. Peço perdão pelo sumiço, pensava em transferir esse Blog para outro endereço, mas acabei mudando de ideia, além disso estava focada em terminar minha faculdade, o restante das partes desse enorme conto já estão escritos faz mais de um ano, pretendo postar pelo menos uma parte a cada três meses. Muito obrigada a todos que não esqueceram, aos comentários, peço que ajudem a divulgar, mostrem a seus amigos e familiares.
Até quem em fimmmm Roberta, tava esperando esse capitulo como quem espera a chuva num dia de calor de 45° graus! rsrsrs.
ResponderExcluirSou apaixonada pelos teus contos, tens muito talento todo dia eu entrava aqui no blog pra ver se já tinha postado. To muito ansiosa pelos outros capítulos, aguardando ansiosa!!!
Sou tua fã, e quem sabe não sai um livro no futuro hein? rsrs.
Pode ter certeza que eu compraria com prazer e mais uma vez esperando esses capítulos!!!
Bjos, bjos!
Fiquei muito feliz quando vi que tinha postado ,voltarei a acompanhar, adoro suas historias !!!
ResponderExcluirTenho 16 anos, acompanho esse conto desde criança, no ano 2013. E de vez em quando entrava para ver se já tinha postado, e nada... Pensava que já tinha desistido. Hoje tomei um susto quando visitei o blog shuashuashua, grato pelos contos :3
ResponderExcluirUHHH!!!
ResponderExcluirSURPRESA total, mas um capitulo extremamente apaixonante.
Espero os próximos capítulos com bastante expectativas.
Obg pelo seu incrível trabalho.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSimplesmente amo a sua história. Quero muito mais kkkkk. Bjs e parabéns pela criatividade
ResponderExcluirRoberta, você é malvada. Fazem 6 anos tentando terminar de ler estes contos maravilhosos.
ResponderExcluirPor favor não esquece de nós fãs de anos. Que nunca desistiram.
Não acreditei quando entrei no blog e vi a continuação do conto grata surpresa, pensei que havia desistido, parabéns você é muito talentosa Roberta.
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