Tremeu levemente e fechou os olhos, sussurrando:
- Eu...?
Ele balançou a cabeça positivamente, não podia negar, estava afoito, louco de vontade de beija-la. Mas para ela, isso tudo era novidade.Ele era um sequestrador que a havia tirado do lar. Bem... Isso era verdade.
Ele deu mais um passo, mas se arrependeu. Sophie deu um pulo pra trás.
- Não encoste! Você é um sequestrador? Quer dinheiro? Olha liga pro meu pai... ele pode dar o que quiser... Mas não me maltrate!
A inocencia dela, chegava a ser comovente. Os olhos estavam lacrimejados. Cheios de medo.
- Jamais tocaria em você... quer dizer... Contra sua vontade.
- Então ligue pro meu pai! Eu sei o numero... é...
- Não quero ligar pro seu pai, nem pra ninguém de sua familia Sophie.
- O que quer?
- Já disse. Você.
Ela recuava dele assustada e tremendo. Era evidente seu medo.
- Por favor não abuse de mim... - implorou começando a chorar.
- Nunca! Jamais! A amo demais para fazer isso...
- Amor? - repetiu olhando pra ele com os olhos lacrimejados.
- Sim. Amor, Sophie. E antes de qualquer coisa, deixarei claro. Tomei essa iniciativa de puro deleite. Não precisa recuar de mim... Nem sentir medo... Não farei mal algum a você. Mas agora você é minha. Me pertence.
Sophie calou-se,estava sobre a cama, a camisola de sede deixava a mostra toda suas belas coxas. Victor não pode evitar de olha-las. Mas se conteve,e retirou-se.
O que houve a seguir, foi minutos, horas e dias. Sophie evitava sua aproximação de qualquer modo. Ele todos os dias lhe entregava o que comer. Mas ela evitava. Victor estava preocupado, naquele ritmo era poderia desmaiar. Já havia quase um mês desde que a tirou de sua casa. A noite a ouvia chorar, provavelmente com saudades da familia. Mas a vontade de Victor era maior. Ele não a devolveria, não depois de ter esperado ela por todos aqueles anos. Ela não falava com ele, as vezes Victor fazia algum comentario,apenas esperando alguma reação da garota. Mas ela nunca o respondia. Nem olhava para ele. Ficava com os olhos perdidos nas paredes do
quarto.
- Vou morrer? - perguntou olhando a parede, trocando pela primeira vez em varias semanas algumas palavras com Victor.
- Você quer morrer? - perguntou Victor ainda de pé.
- Responda-me. - pediu a garota em sua depressão. - Se vou morrer, faça rapido de maneira que não sinta dor, por favor.
Victor estava supreso com a coragem da garota.
- Não. Você não vai morrer Sophie. Ao menos eu não desejo lhe tirar a vida.
- Então, porque me mantem assim? presa? Deseja me matar pouco a pouco, é isso?
- Jamais. Apenas quero... - repetinamente ele parou, afinal o que ele desejava dela? Amor? Carinho? Ela só tinha medo dele. Nada mais.
- O que quer? - perguntou Sophie olhando pela primeira vez em seus olhos.
- Eu não sei o que quero... - Victor fez uma pausa - Quer voltar pra casa? Voltará pra casa, Sophie.
- Vou...?
- Sim. Vai. - disse Victor preso em suas questões particulares. - Amanhã te levarei.
A garota nada mais disse, apenas ficou olhando para Victor com esperanças.
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