domingo, maio 06, 2012

Caminho para a Eternidade - Parte XI




Sexta-Feira, dia 18/09 ás 15:00 hs

Melissa observava seu reflexo no espelho, o vestido era extremamente justo nos seios, com um decote quadrado, e se estendia em veludo abrindo nos seus quadris, enquanto Anne lhe apertava a cintura com o espartilho atrás do vestido. Sua mãe estava do seu lado, e Meg, de verdade não conseguia reconhecer sua própria imagem no vidro, já chorara demais pensando no terrível destino que lhe aguardava nas mãos daquele grande canalha que era o Rei dos Vampiros, mas não podia recuar, ela devia essa honra a família dela pela boa criação que teve. Em especial, a seu bondoso pai.
- Sabe por que uma noiva se casa de preto, Melissa?
Ouviu a voz rouca de sua mãe por trás de si e fitou o olhar dela pelo espelho.
- Não... Mãe... Não sei... – Sussurrou, cansada.
- É claro que não sabe, nem se preocupou em saber, nunca vi uma noiva como você... Sequer pensa na tradição... E...
- Mãe me diz, o porquê do vestido preto. – Meg não estava interessada em saber do motivo para a cor de seu vestido, mas sim, desejava do fundo do coração evitar outro sermão de sua mãe.
- Porque ainda não é uma vampira por completo. Mas essa noite, assim que se deitar com o Rei... – A mãe suspirou, provavelmente sonhando no fato que sua filha seria oficialmente Rainha dos Vampiros, Meg revirou os olhos, descontente – Você perderá sua virgindade e seu lado humano morrerá junto com ele, transformando-a numa verdadeira sugadora de sangue.
- Espero que meu lado humano morra junto com meus sentimentos. – Meg sussurrou alto o suficiente para Anne ouvir e olhar para ela surpresa.
- O casamento esta marcado para ás 17:00, assim que o sol se por. Então, se apresse, ainda temos que dar um jeito no seu cabelo.

15:50 


Victor estava enjoado, tinha feito tanto sexo ultimamente que mal se lembrava de alguma hora que não estava na cama. Vestia o Paletó olhando para a janela estritamente fechada, ainda era dia, por isso se sentia tão cansado, talvez não devesse ter feito uma despedida de solteiro tão... “Animada”. Entortou os lábios e se fixou em colocar aquela maldita gravata borboleta. Enquanto seus dedos grossos tentavam fazer aquele nó, pensou em Melissa, como será que a pequena estava? Chorando, provavelmente, por se casar com um homem como ele.
- Foda-se! – Com agressividade tirou a gravata do pescoço e a jogou em cima da cama. Nunca ia conseguir amarrar esse “treco” no seu pescoço...
Sentou-se na cama sentindo como se tivesse levado um soco na cara, levou as mãos as têmporas e tentou refletir, em vão. Seria possível que daqui uns meses estaria Meg colocando a gravata no seu pescoço? Sem nenhum tipo de temor, apenas sendo uma esposa, sua mulher...? Riu sozinho, loucura, Melissa o odiava. E tinha toda razão pra odiar, não é porque iria casar que deixaria de ter suas amantes.  Ela ia ter que conviver com isso.

16:30

Erik se focava nos pingos que caiam do topo de sua cela para o chão imundo. Seu olhar estava vago, perdido dentro daquelas gotas claras que caiam do céu, agora, até sua boca. Sua língua estava estirada, e cada gota caia com perfeição nela, deixando-o sonolento, seu corpo estava estirado no chão duro, e suas bochechas estavam encostadas na poça de água imunda que as gotas haviam formado enquanto ele dormia, havia chovido... Isso era obvio, mas fazia quanto tempo? Um dia talvez... Ouviu um barulho atrás de si, mas ignorou, provavelmente já era hora do pão duro do dia, estava faminto. Deus, não via a hora que poderia tomar um banho, mas só tomava um a cada mês, ou quase isso, de acordo com suas contas que eram imprecisas demais. Principalmente, precisava de sangue, uma gota que seja para se sentir um pouco melhor. Porém, o guarda evitava dar, porque sangue dá força física para qualquer vampiro, então, ele tomava uma gota por semana... Ou quase isso. Apenas o suficiente para deixa-lo vivo, ou para não faze-lo enlouquecer ao ponto de morder o próprio pulso. Ouviu um “Psiu” de longe, mas ignorou. Fazia tanto tempo que estava lá, que era normal ouvir coisas. Porém o “Psiu” se repetiu em seguida, e ele virou o rosto. Fitando uma figura do outro lado da cela. Ok. Definitivamente, ele havia ficado doido.
- Você é o Erik, não é? – Uma voz feminina questionou.
Erik se virou, e sentou-se no chão curioso, o que era aquilo? Uma figura alta, encapuzada dos pés a cabeça por um tecido negro. Nada se via, o capuz cobria o rosto com perfeição.
- Você é a morte? – É, havia chegado sua hora. Talvez houvesse morrido de desidratação...
- O que? – A figura feminina pareceu inconformada – Não, não... Você é o Erik?
- Sou...
E então, o vulto encapuzado virou o rosto e fitou os corredores com extremo cuidado. Aproximou-se da porta da cela e num movimento rápido que Erik sequer conseguiu acompanhar a porta de sua prisão estava aberta.
Assustado demais pra dizer algo, Erik se agachou, o que ela estava fazendo? Ia mata-lo?
Porém, o vulto negro andou ao seu redor, tirou uma roupa grossa que mais parecia um Smoking de dentro da capa e o depositou no chão, no local mais limpo que encontrara e em cima das roupas jogou uma garrafa de um liquido vermelho e viscoso... Sangue!
- Vista-se, Erik. Você tem um casamento pra ir. 



 

3 comentários:

  1. Quando vai sair a continuação? Estou ansiosa para saber. '-'

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  2. pelo amor de deus posta logo o proximo capitulo eu nao to me aguentando de ansiedade

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  3. Vai ou não sair a próxima parte que eu não aguento +

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