sexta-feira, novembro 08, 2013

Caminho para a Eternidade - Parte XIII


Melissa não sabia o que estava acontecendo com si, seu corpo estava completamente diferente, estava quente por dentro, fervendo para falar a verdade, seria o sangue de Victor que a fizera ficar assim, ou foi... O Beijo que eles deram? A festa havia começado fazia uma hora, e Melissa estava com uma taça de vinho nas mãos, seu vestido, ainda preto, era justo e cheio de diamantes negros que reluziam de longe, Victor estava ao longe, conversando com outros vampiros, desde aquele momento, eles sequer se aproximaram, e ela voltou a sentir aquela sensação de nojo por ele de outrora. Já ia dar meia-noite, e a festa acabaria daqui a três horas... E ela e Victor iam... Para a mesma cama. Sentiu um medo enorme dentro de si e se fixou em outros convidados, de fato, não conhecia ninguém ali, e os vampiros só se aproximavam para falar de sua beleza. Era isso que ela era, um enfeite do Rei dos Vampiros, há séculos que as mulheres não têm espaço para tomar decisões, nem mesmo a Rainha tinha esse poder, ela apenas devia satisfazer o Rei e cuidar dos futuros filhos do casal. Muito inútil...
- Filha, que beijo foi aquele? Foi descortês você beijar o Rei daquela maneira.
Helena estava ao lado, cumprimentando os convidados, seu vestido roxo, era amplo, e sua mãe, como sempre, estava belíssima.
- Não fui eu mãe, ele me agarrou. 
- Que seja, você é a Rainha agora, não pode ficar dando motivo para falatório. Todos sabem que o Rei é bem viril com as mulheres, mas você...
- Por Favor, mãe, preciso ir...
Melissa, sem pensar muito, andou o mais rápido possível até qualquer lugar afastado daquela festa, encontrou uma sala escura, e sem pensar, abriu a porta e entrou no local, encostando na parede. Sua mãe, porque diabos ela tinha que lembrar que o Rei era viril com as mulheres? Ela se sentiu usada, se sentiu apenas mais uma com quem o Rei vai se deitar e beijar daquela maneira... Nada tinha de especial nela, se ela morresse o Rei rapidamente a trocaria por outra e faria um filho nela. Passou os dedos no pulso, o sangue do Rei pulsava dentro de si, agora, ela era parte dele. E ele, parte dela. Embora ela não tivesse certeza do que tudo isso significasse...
- Significa que eu sempre vou saber aonde esta, Melissa.
A voz extremamente profunda do Rei invadiu a pequena sala e fez um eco enorme, fazendo Melissa se assustar. Ele estava encostado na porta, fitando-a com superioridade.
- Sai daqui. – Melissa pediu friamente, ainda tocando o pulso.
- Arrependida? – Victor questionou se aproximando devagar dela.
- Desde quando se importa com o que sinto? – Ela desdenhou.
- Não pense que é tão especial ao ponto de mim me importar com o que sente, Melissa. – Victor respondeu, parando na frente dela – Pouco me importaria se estivesse tendo essa crise de adolescente lá fora, ficando quieta, agora, sair da festa e se esconder numa salinha, não é bem o que o Rei dos Vampiros quer ou precisa de uma esposa, não é mesmo?
- Eu sei que não sou especial. – Ela sussurrou.
Victor se manteve em silêncio, qual era o problema dela? Não se sentia especial? Era louca? Como uma mulher como ela não se reconhecia, será que ela não sabia que jamais haveria outra mulher sequer parecida com ela?
- Perdoe-me, Majestade, eu vou voltar pra festa. – Disse, por fim, se afastando dele o mais rápido que podia. Victor pegou seu braço com força, fazendo-a gemer, a detendo a alguns centímetros da porta.
- Esta doendo... – Ela sussurrou.
- Você é minha, sabe disso não é? – Victor questionou, alto demais, visivelmente alterado.
Melissa o fitou com ódio.
- Jamais serei sua. – Com uma atitude brusca tirou a mão dele do braço e saiu da sala.

Horas se passaram, e quando faltavam trinta minutos para três da manhã, ouve o anuncio da dança clássica. Casais de vampiro se uniam em todos cantos e começaram a valsar de maneira sincronizada, Melissa fitava os passos sem muito interesse, aliás, ela nem se sentia parte daquilo. Sentia-se como um fantasma observando um evento no qual ela sabia que não tinha nada haver com ela.
- Não vai dançar com o Rei? – Uma voz feminina sugeriu ao lado dela.
- Não creio que ele deseje... – Melissa respondeu, procurando Victor com o olhar mais uma vez, porém, desde aquele momento que o deixou na sala, ele sumira. Talvez... Estivesse transando com alguma serviçal.
- Deixe-me apresentar, me chamo Angélica Silverstone. É uma honra, majestade. – A jovem se colocou na frente de Melissa e se ajoelhou.
Melissa fitou o longo cabelo roxo da mulher a sua frente, com certeza, ela era diferente de qualquer outra mulher ali, e só por isso, Melissa se sentiu mais aliviada.
- Prazer, senhorita. Mas não precisa reverenciar, a cor do seu cabelo é linda.
- Ah! Obrigada! – A jovem pálida, de olhos castanhos claros, sorriu sem graça – Não gosto muito de ser igual as outras vampiras.
- Queria ter essa coragem... – Melissa lamentou.
- É a Rainha, pode ser o que quiser. – Angélica disse, calmamente, arrumando seu vestido azul escuro.
- É casada, Senhorita?
Angélica sorriu, visivelmente envergonhada, e concordou com a cabeça.
- Mostre-me o homem de sorte.
Orgulhosa, Angélica apontou para a multidão, aonde um homem de altura mediana, levemente bronzeado e com longos cabelos desfiados e pretos de destacava por sua beleza, o rapaz tinha o corpo extremamente forte, era visível pelo caimento do smoke.
- Ele é belo – Melissa admitiu, sorrindo – Parabéns a vocês dois.
- Obrigada, Majestade. – Angélica parecia emocionada. – Agora, devo ir, ele... Ele...  Esta me chamando para dançar.
- É claro, foi um prazer Senhorita.
Angélica sorriu, reluzindo de felicidade, e Melissa, por um momento se sentiu satisfeita por ser rainha e proporcionar tamanha alegria em alguém por tão pouco.
Melissa sentiu uma mão tocar sua cintura e rapidamente se virou, fitando quem foi a pessoa ousada que fez aquilo.
- Calma, Rainha, não mande cortarem meu pescoço.
Nicolas riu, beijando a bochecha da filha.
- Ah, pai.... – Melissa se segurou para não começar a chorar, se agarrar e ele e pedir para tirar ela dali e levar para casa, como fazia quando era criança.
- Você vai ver minha linda, as coisas sempre melhoram. – Nicolas disse como se tivesse pressentido o desespero da filha.
- Não sei pai... – Melissa sussurrou, sentindo seus olhos enxerem de lagrimas. – Eu... Eu... Não acho que vou ser feliz, não sinto nada pelo Rei e ainda... Olha! Nem sei aonde ele esta.
Nicolas ficou quieto por alguns instantes e logo apertou mais a cintura de Melissa, sussurrando no ouvido dela:
- Se notou o sumiço, é porque algo deve sentir por ele.
Melissa ficou quieta enquanto seu pai se afastava dela para ficar junto com sua mãe, o que ele quis dizer? Não é porque ela percebeu que ele não esta lá que sinta algo, isso seria loucura. Só que ela é a Rainha e se ele exigiu que ela estivesse na festa, mesmo contra a sua vontade, o que ele faz há mais de horas sumido? Tudo era questão de direitos iguais, não de sentimentos... 
Porém, a festa chegou ao fim, e nada do Rei.
Mas Melissa sabia, logo o encontraria... Na cama.





NOTA: Novamente, peço perdão pela demora, por favor, comentem! Amo saber que se interessam em saber o resto da historia. Fico realmente feliz. E por favor, com paciência, continuem acompanhando, tentarei cumprir minha promessa e postar com maior intensidade.
 


7 comentários:

  1. ótimo, pff continue estou ansiosa para o resto da historia

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  2. Depois de tanto tempo de espera acho que consigo sobreviver até o próximo capitulo... Quer dizer, não precisa se apressar (muito), saber que vai ter um próximo capitulo já é o suficiente.

    A propósito estou amando *--*

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  3. adoroooooo a historia e por favor n deixe de escrever, pois estou louca para saber como foi a noite de Melissa e Victor! kkkkkk

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  4. Adoro suas historias...gostaria que publicasse com mais frequencia...bjsss

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  5. Também estou muito ansiosa para saber como é a noite dos dois .. rs . Adoro suas histórias , por favor não demore muito para publicar o resto da história ><

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  6. Adorei.....
    Estou anciosa pelo proximo capitulo :)

    - katra

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  7. Sua história e uma droga provei e não consigo larga mais, não consigo parar de ler.

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